ELA SÓ PENSA EM VIAJAR... E NÓS QUEREMOS TRABALHAR!

6.6.16 BLOG SIMONE GALIB 0 Comments



  Cara presidente Dilma Roussef

 No último sábado, 4 de junho, a senhora usou as redes sociais para criticar o governo de transição por tê-la impedido de usar o avião da FAB para rodar o país. E mais: disse que não vai obedecer.
Como assim?

 A senhora sofreu um processo de impeachment e será julgada pelo Senado Federal. Não é pouca coisa. Está afastada temporariamente de suas funções e, assim como todos, precisa obedecer ordens, sim!

 Nós, cidadãos brasileiros, também adoramos cruzar estradas e oceanos. Apesar de todas as dificuldades, adoramos viajar com as nossas famílias, amigos, companheiros. Mas, planejamos, financiamos passagens, pagamos no cartão de crédito e o que é mais importante, bancamos com o dinheiro do nosso trabalho.

  Por isso mesmo, ficamos muito frustrados quando tivemos de abortar todos os planos de viagens por conta da crise econômica que o seu governo causou, desvalorizando o real e engolindo o nosso poder aquisitivo, algo que custamos tanto a conquistar. E que valorizávamos muito!

 Sem falar nas inúmeras agências de viagens e outros serviços ligados ao turismo que quebraram por falta de passageiros, aumentando ainda mais o número de desempregados, hoje na casa dos cerca de 14 milhões. 

As que não faliram, a exemplo dos demais setores da economia, enfrentam inúmeras dificuldades financeiras e fazem malabarismos para atravessar a crise, com dignidade e trabalho.

 Como era bom planejar o futuro e ter esperanças. Hoje, precisamos matar um leão por dia para sobreviver...  


 Por que?

 Porque a senhora viajou demais (aliás, em todos os sentidos).  E os seus tours pelo mundo torraram milhões do tesouro público. Afinal, as viagens oficiais incluíam comitivas gigantescas, suítes presidenciais de hotéis cinco estrelas, aluguel de carros de luxo etc etc.

 Lembra da frota de 8 limousines alugadas nos Estados Unidos, cujo dono, um brasileiro residente nos EUA, teve de apelar às redes sociais para receber? A senhora pode ter esquecido, mas nós lembramos de tudo, porque essa mania de grandeza e a corrupção desenfreada afetaram profundamente nossas vidas.

 Cara presidente, sabia que nos chamados países de primeiro mundo os governantes só utilizam voos comerciais em seus compromissos externos de trabalho? E que o príncipe William, da coroa britânica, viajou recentemente em classe econômica com sua mulher, a duquesa de Cambridge? O presidente argentino Macri, também faz o mesmo.

 Por que com a senhora, não? O que a diferencia dos demais chefes de Estado?

Assim, nós deixamos de viajar (e estamos de cintos mais que apertados e mudamos radicalmente nossas vidas), para bancar as suas viagens, que agora não são oficiais.

 Por que tanta ostentação? Não fazemos parte do Golfo Pérsico, nossos minguados “petrodólares” evaporaram com a quebra da Petrobras, e a senhora não é uma “sheikha” árabe.

Em sua página do Facebook, a senhora disse que “é um escândalo que eu não possa viajar para o Pará, para o Ceará. Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança. Vou viajar.”

 Ora, se as viagens não são oficiais, por que não freta um jatinho, como fazem os executivos ou celebridades, que não podem se expor? Não está proibida de viajar, desde que não seja com o nosso dinheiro.

 O motivo das viagens, segundo alega, é defender seu mandato. Ora, a senhora precisa defendê-lo junto ao Senado em vez de fazer “turismo comício” pago pelo contribuinte. Portanto, Brasília é o endereço. Ou Porto Alegre, para visitar a sua família.

 Por falar nisso, a senhora recebe o seu salário integral, como determina a Constituição e, segundo revelou a Veja, tem 200 funcionários, 160 no Palácio da Alvorada, 7 no escritório político de Porto Alegre e os demais na Granja do Torto. Já não está de bom tamanho?

Os mais de 54 milhões de eleitores que a elegeram – e os que não votaram na sua chapa também – estão pagando por isso. Se somos nós quem bancamos, temos todo o direito de exigir que fique no seu “trono” até que a situação política se resolva. Porque nós precisamos trabalhar e a economia do país, voltar ao eixo.

 Nós, brasileiros, merecemos respeito cara presidente!
 Já parou para pensar nisso?