PARIS EM CHAMAS: 'COMO CHEGAMOS A ESSE ESPETÁCULO ALUCINATÓRIO?"

3.12.18 BLOG SIMONE GALIB 0 Comments

 
     Passar o Natal e o réveillon em Paris sempre foi o sonho de muita gente. Mas, este ano pode ser um pesadelo para os franceses e os milhares de turistas, caso o governo não consiga controlar a onda de protestos que transformou a cidade luz em praça de guerra. Nesta terça-feira, 4, o governo suspendeu o aumento de combustíveis. 

    As cenas do último sábado, dia 1º de dezembro, chocaram a França. O Arco do Triunfo, um dos maiores símbolos do país, foi vandalizado; carros e restaurantes, incendiados; e lojas de grife em Champs Elysèes - a avenida mais chique da cidade, saqueadas.


  A cidade luz foi invadida pelas sombras da espessa nuvem provocada pelas bombas de gás lançadas pela polícia para conter a manifestação. Mais de 80 pessoas ficaram feridas.

  Outras 400 foram presas nesta que foi a terceira manifestação dos "coletes amarelos", que começou para protestar contra o aumento de combustíveis decretado pelo governo a fim de conter a emissão de gás carbônico. Mas, tomou proporções incontroláveis.

                                                                                                                        Le Figaro/Reprodução
    No domingo, dia 2, o governo de Emmanuel Macron fez uma reunião para tentar conter a rebelião, batizada de coletes amarelos. E não foi descartada a possibilidade de ser decretado estado de emergência na capital francesa.


   Nesta segunda, o Le Figaro publicou várias fotos que, para o jornal, dificilmente serão esquecidas. Elas vieram acompanhadas de um editorial, em que questionou: "Como conseguiram fazer isso? Como, a partir de um aumento banal das taxas de combustível, chegamos a essas terríveis cenas de saques e pilhagens, a esse espetáculo alucinatório de caos e desolação?

     E continua o jornal: "Paris em chamas, o Arco do Triunfo profanado por um bando de vândalos posando impunemente em suas selfies. O dia 1º de dezembro permanecerá para a nação como uma ferida coletiva. Perante esta explosão de violência indesculpável, todo o país teve a sensação de testemunhar a falência do Estado", afirma o Le Figaro, cobrando a restauração da ordem republicana.

    Outros setores também aderiram ao movimento, como os motoristas de ambulância. Com o recuo do governo, a ideia é que a paz volte - pelo menos por um tempo!



   
   




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