MADAGASCAR: UMA FLORESTA CONSUMIDA PELO FOGO!
Enquanto todos os holofotes do mundo estavam sobre a Amazônia, com celebridades postando fotos fake das queimadas e notícias alarmistas, os agricultores de corte causam destruição pior em Madagascar, perto da costa sudeste da África.
Só que o assunto não ganhou importância política, muito menos ofertas de ajuda emergencial por parte dos países mais ricos ou proposta de "internacionalização", como sugere o presidente da França, Emmanuel Macron, na Amazônia.
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O lêmure de Madagascar: espécie única |
Desolados com a situação, ambientalistas aguardavam a chegada do Papa Francisco, o que aconteceu nesta sexta-feira (6), para que ele conscientizasse as pessoas sobre a importância de conservar a floresta. O papa, como o restante do mundo, parece estar mais interessado na Amazônia brasileira.
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FOTOS REPRODUÇÃO |
Com mais de 80% de sua espécie nativa,
Madagascar tem mais plantas e animais do que o resto da África junto. Além dos
incêndios provocados pelos agricultores, a ilha enfrenta tempestades poderosas
e secas prolongadas causadas pelas mudanças climáticas.
Uma das áreas
mais prejudicadas é a floresta Kirindy, no oeste. Dados de satélite mostram que
ela perdeu 4% de sua área nos últimos dois anos. O exôdo de milhares de
agricultores para lá começou em 2016, quando uma colheita no sul foi perdida, acelerando
a destruição da floresta.
Hoje, o que
podemos ver são casas de madeira em meio a uma paisagem árida. Os solos
estão desgastados após três colheitas de milho e amendoim, que levaram agricultores
para a floresta. E há muitos tocos de árvore pelo caminho.
Uma
reportagem feita pela agência Reuters diz que empresários ligados a políticos
locais pagam cerca de US$ 13,40 por cada hectare de floresta
derrubada.
É um trabalho pesado, mas não faltam
trabalhadores em um país onde 90% das pessoas sobrevivem com menos de US $ 2
por dia.
OUTRAS REGIÕES
Não é apenas Madagascar
que sofre os efeitos das queimadas no continente africano. Uma imagem divulgada
pela NASA mostrou que na África Central havia mais incêndios do que no Brasil.
Somente em Angola
e no sul da República Democrática do Congo foram registrados 10 mil focos de fogo
ativo contra os 2.127 no território brasileiro.
Mas, exceto
ambientalistas locais, quem está preocupado com a destruição das florestas
africanas? Será que o Papa Francisco vai também se posicionar sobre isso, a exemplo do que faz com a Amazônia?
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