FONTES DE 300 ANOS DO JARDIM SECRETO DE ROMA VOLTAM A JORRAR!

21.2.20 BLOG SIMONE GALIB 0 Comments

        Roma tem um lugar muito exclusivo, digno da Cidade Eterna: os jardins secretos de Horti Farnesiani, construídos há 300 anos entre as antigas ruínas do Monte Palatino, junto ao parque ecológico do Coliseu.

        Agora, as fontes e os jatos d´água do Ninfeo degli Specchi (ou Nymphaeum of Mirrors), uma parte muito especial dos jardins,  voltaram a fluir e podem ser visitadas pelo público.

       A família construiu seu jardim das delícias em meados do século 16. A própria localização, entre as ruínas imperiais romanas, indicava todo o poder e influência dos Farnese.

     Espalhados pelas encostas ao norte do Monte Palatino, foram encomendados pelo cardeal Alessandro Farnese e entraram para a história como o primeiro jardim botânico privado da Europa.

     No auge do seu esplendor, os jardins Horti exibiam aviários com afrescos, habitados por pássaros raros e exóticos importados das Américas. Uma rara combinação de cultura e natureza.
Uma das esculturas encontradas no teto da caverna
    Havia também antigas esculturas, trilhas para caminhadas, passagens subterrâneas e o Ninfeo della Pioggia. Diz a lenda que o ninfo em forma de caverna teria sido projetado pelo arquiteto Pirio Ligorio, da Renascença.
        
      A vila renascentista foi recriada das ruínas de um antigo palácio imperial, que pairava sobre o Arco de Tito e o Fórum Romano. 
     
    Mas, os belos jardins não resistiram à passagem do tempo. No século 18, acabaram abandonados, cobertos de vegetação e praticamente destruídos por arqueólogos que cavaram as ruínas. 

    Os romanos esperaram 30 anos para vê-los novamente. E ressurgiram, esplendorosos, após uma grande restauração do Monte Palatino, iniciada em 2013. Uma parte foi entregue em 2018.
     Na tentativa de reviver o esplendor original, foram plantados louros, ciprestes, árvores cítricas, trepadeiras e rosas de damasco, entre outras espécies de plantas.
   
     O Ninfeo degli Specchi, originalmente coberto com um teto em formato de abóbada, era decorado com mosaicos e espelhos. Os jatos d´água, projetados para surpreender os visitantes, saíam do teto da cúpula para causar o efeito de chuva.

    Agora, em pleno século 21, a sensação de chuva volta a impactar os visitantes por meio dos jatos d´água modernos e escondidos mais uma vez no ninfeu. 

     Tem como não amar Roma?
















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