URSOS POLARES DO ÁRTICO PODEM SER EXTINTOS POR FALTA DE GELO!

22.7.20 BLOG SIMONE GALIB 0 Comments

   A sobrevivência de alguns animais carnívoros já atingiu seu limite no Ártico, alertam cientistas. Estudos mostram que o declínio do gelo marinho deverá reduzir drasticamente o número de ursos polares.

  Isso porque à medida que o gelo se rompe, os animais são forçados a atravessar longas distâncias ou andar até a praia em busca de alimento, como as focas, para seus filhotes.

  O mais recente deles, publicado na Nature Climate Change, até estabelece um cronograma para quando isso pode acontecer.

  O gelo marinho é a água do mar congelada que flutua na superfície do oceano. Ele se forma e depois derrete de acordo com as estações polares. Alguns permanecem por mais tempo no Ártico, oferecendo habitat vital para a vida selvagem, como ursos polares, focas e morsas.

    Steven Amstrup, cientista-chefe da Polar Bears International, um dos participantes do estudo, disse à BBC News que:


  "Primeiro, perderemos a sobrevivência dos futuros filhotes, porque as fêmeas não terão gordura corporal suficiente para produzir leite e alimentá-los."

  Os ursos polares, que segundo cientistas teriam surgido há 600 mil anos, estão na lista dos animais vulneráveis a extinção elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza. E as mudanças climáticas são a causa principal.

   Os pesquisadores também fizeram uma projeção de quando esses limiares serão atingidos em diferentes partes do Ártico. E isso já pode ter acontecido em algumas partes onde vivem os ursos polares.   

  Por conta da alta emissão de gases de efeito estufa, é provável que todas as populações de ursos polares, exceto algumas, entrem em colapso até 2100, segundo o estudo. E mesmo que sejam alcançadas metas de redução moderada de emissões, várias desaparecerão.

  Vale lembrar que o gelo marinho que permanece no Ártico por mais de um ano diminui a uma taxa de cerca de 13% por década, desde que começaram os registros de satélite, no final dos anos de 1970.


  "A trajetória em que estamos agora não é boa, mas se a sociedade agir em conjunto, teremos tempo para salvar os ursos polares. E, se o fizermos, beneficiaremos o resto da vida na Terra, inclusive a nós mesmos", afirma o cientista.

   É assustador!




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